• O secretário de Estado para o Ensino Superior abre o 3º Fórum de Diálogo Ciência/Sociedade


    O Secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio Adolfo Alves da Silva, proferiu, ontem, 2 de Julho, no Campus Universitário da Universidade Katyavala Bwila (UKB), na província de Benguela, o discurso de abertura do 3º Fórum de Diálogo Ciência/Sociedade, subordinado ao tema “Desafios e oportunidades do Corredor do Lobito: as pessoas no centro do desenvolvimento”, em representação do Ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Albano Vicente Lopes Ferreira.

    Na sua intervenção de abertura, o Secretário de Estado felicitou, em primeiro lugar, os organizadores deste 3º Fórum, que trouxe a Benguela académicos, especialistas, investigadores, empresários, decisores políticos e outros interessados nas problemáticas da formação de profissionais para o mercado de trabalho e de técnicos qualificados com as competências adequadas, capazes de contribuir para a diversificação da economia.

    Segundo o Secretário de Estado, a temática central deste Fórum é um bom pretexto para que a academia, o empresariado, os investidores e o terceiro sector da economia possam dialogar entre si, no sentido de procurar respostas às questões suscitadas pela implantação do Corredor do Lobito, nas suas vertentes de transportes, comércio, agricultura, indústria, hidrologia — enfim, uma série de áreas que sofrerão, directa ou indirectamente, os impactos desta importante infraestrutura económica.

    Para o Secretário de Estado Eugénio Alves da Silva, “embora já existam programas, projetos ou acções que envolvem Instituições de Ensino Superior e empresas, numa perspectiva de viabilização de práticas, estágios, inovação tecnológica e até do empreendedorismo, o nosso cenário actual revela algum distanciamento entre estes agentes, o que dificulta a aplicação do conhecimento produzido para suportar actividades de I&D, ou seja, investigação e desenvolvimento. Daqui se infere que essas instituições necessitam de ultrapassar os seus muros e abordar o tecido empresarial como um campo para dar continuidade ao seu labor científico. Por outro lado, as empresas e outras organizações devem aproximar-se da academia para encontrar, aqui, parceiros capazes de acrescentar valor às suas actividades".

    “Este Fórum é uma oportunidade soberana para abordar aspectos essenciais de um diálogo construtivo entre a academia e o empresariado, de modo a tornar possível, entre outras coisas, o ajustamento da oferta formativa às necessidades do mercado de trabalho, a identificação de perfis profissionais adequados às exigências da diversificação da economia, o incremento do empreendedorismo universitário e outras formas de fomentar a empregabilidade, reforçando ainda o papel da investigação científica no desenvolvimento do sector privado, tal como preconizado nos objectivos deste Fórum”, afirmou o Secretário de Estado.

    O Fórum decorre de 2 a 4 de Julho e tem como objectivo promover um espaço de articulação entre o Ensino Superior, o sector produtivo, a sociedade civil e os organismos públicos, contribuindo para que os grandes investimentos em curso gerem impactos positivos concretos para as populações e para o futuro do país.

    Este Fórum conta com três eixos temáticos: 1º Situação actual do Corredor do Lobito; 2º A identificação de competências e talentos nas áreas STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática); e 3º Os desafios e recomendações para um desenvolvimento inclusivo, sustentável e centrado nas pessoas. Está a decorrer sob o formato de sessões plenárias, mesas-redondas, workshops, exposições de projetos e momentos de apresentação de ideias e soluções desenvolvidas por estudantes e investigadores.

    O evento é realizado pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), em parceria com o Programa de Apoio ao Ensino Superior (UNI.AO), o Projecto TEST e a Universidade Katyavala Bwila (UKB).

    Participam neste Fórum representantes de universidades, empresas, organizações da sociedade civil, entidades governamentais e parceiros internacionais.