Terminou na manhã desta quarta-feira, 16 de Abril, a Conferência Científica Internacional sobre as Florestas da Bacia do Congo, organizada pela Universidade Onze de Novembro e pela Parceria Florestal da Bacia do Congo com o apoio do Governo Provincial de Cabinda e o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação. A conferência decorreu de 14 a 16 de Abril no Centro Cultural Chiloango, na província de Cabinda.

Está conferência decorreu sob o lema "Preservação da Biodiversidade e Combate à Desflorestação". As prelecções feitas produziram informações valiosas sobre as Florestas da Bacia do Congo e levaram as seguintes conclusões, a Bacia do Congo é nossa terra comum; Existência de vestígios de grandes símios (chipanzés e gorilas) na floresta do Maiombe: Existência de políticas e leis aprovadas pelos governos para a gestão, manutenção e conservação das florestas dos países da Bacia do Congo; Há fraco monitoramento das florestas da Bacia do Congo, que influência a perda e destruição da Biodiversidade; Os conflitos políticos geram insegurança que interfere na gestão das florestas da Bacia do Congo; A exploração descontrolada dos recursos florestais causa impacto negativo ao meio ambiente; A conservação das florestas da Bacia do Congo requere o envolvimento de todos; Há necessidade de organizações nacionais e internacionais que promovem parcerias para a investigação científica, formação e capacitação das comunidades para a preservação e conservação da Biodiversidade das florestas da Bacia do Congo; Há necessidade de se mudar o paradigma de intervenção, reforçando a liderança local; O estado degradado das infraestruturas rodoviárias comprometem o desenvolvimento das florestas da Bacia do Congo; Há necessidade de se combater a Desflorestação provocada por queimas, caça furtiva e produção desgovernada de carvão por diferentes comunidades rurais; Há necessidade de se monitorar a saúde dos Solos das florestas da Bacia do Congo, tendo de se fazer análises periódicas de solo com parâmetros físicos e químicos da fertilidade e da produtividade dos solos das florestas da Bacia do Congo e por último é preciso incluir-se a análise foliar para o diagnóstico nutricional das plantas no processo de preservação e conservação das florestas.

Está Conferência Internacional contou com prelectores convidados da academia, cientistas e especialistas de Angola, Congo, Congo Democrático, França, Gabão, Portugal e de organizações não governamentais, como a Organização Francesa de Investigação e Cooperação Agrícola, Centro de Investigação Internacional e Agrofloresta Mundial, Instituto Nacional de Investigação para o Desenvolvimento Sustentável e Bezos Earth Fund, e destinou-se a governantes, académicos, cientistas, técnicos e representantes do sector privado da Silvicultura e Ecoturismo de Angola, Congo, Gabão, RDC, França e Portugal.